Eu não joguei Fallout 3 logo após o seu lançamento. Na verdade, demorei quase três anos para ter um PC que o rodasse minimamente bem. Então, antes que o grande momento chegasse, consumi bastante conteúdo do jogo, mesmo da história, já que não ligo para spoilers. E de todas as informações que eu conseguia chafurdando em fóruns, sites obscuros, usando ferramentas incipientes de tradução e ouvindo os pouquíssimos episódios de podcasts que falavam sobre o jogo, duas coisas me deixavam ansioso para jogá-lo:
- A história da cidade que se desenvolveu nos arredores de uma bomba atômica não detonada, a famigerada Megaton, local em que Moira Brown ♥ administra sua lojinha.
- As descrições dos bizarros experimentos realizados nos muitos refúgios espalhados pela capital americana do jogo.
Muito de minha expectativa para o segundo item veio da história em quadrinhos One Man, and a Crate of Puppets, que foi publicada semanalmente no site da Bethesda alguns meses antes do lançamento do jogo. Ela conta a história do único morador do Refúgio 77 e uma estranha caixa de fantoches. Eu achava assustadora a condição daquele homem envolto em solidão e loucura.
Apesar de ser uma história curta, alguns elementos do quadrinho estão no jogo, no acampamento de traficantes de escravos de Paradise Falls. Mesmo assim, a Bethesda não diz nada a respeito da canonicidade ou não da história como um todo no universo de Fallout.
One Man, and a Crate of Puppets foi escrita por Jerry Holkins e ilustrada por Mike Krahulik, ambos criadores do Penny Arcade, em co-criação com o designer Emil Pagliarulo, da Bethesda Game Studios.
Aqui você pode ler toda a história traduzida para o português (como não encontrei o quadrinho traduzido na internet, me incumbi dessa missão, mas tenha em mente que não domino o idioma, nenhum deles).